terça-feira, 19 de outubro de 2010

Do início...



Desde os meus 11 anos comecei a escrever poemas e poesias pensando em amores secretos, namoradinhas do colégio, injustiça e fome na África. Eu, meu brother Rafael Melo e Guto Rocha montamos uma primeira banda, Mulekes Dementes, sinônimo de diversão e musicalidade tirada de lugar nenhum. Apresentadores de rádio caseira,  trotes de sexta a noite, um tecladinho da Casio pra principiantes e um gravador de fita grande que revezava com aqueles mini gravadorzinhos de detetive.

Emoção lembrar de uma escola totalmente ligada ao feeling de querer ser feliz e representar uma possível brincadeira através da arte de criar.

Poesias, parôdias, poemas, entrevistas, brincadeiras de advinhação, erro ou acerto, premiação de CD usado e ainda aviãozinho com bombinha de 10 jogado pela janela no quintal do prédio vizinho resumiram bem a zuera noturna depois do contra com os mulekes da rua de cima no campinho que tinha um portão trancado mas mesmo assim era invadido pra rolar o jogo.

Bom, todo o tempo foi se passando, o violão entrou na vida do Rafael pra tocar de Roberto Carlos a qualquer sucesso do Ramones ou algumas paródias com sons conhecidos tirados até de harmonias roubadas de alguma música intitulada uma das 07 melhores da Joven Pan... enfim... um bando de muleke vagabundo que se divertida tomando uma CherryCoke achando que estava aloprando como se tivesse um belo vinho em mãos.

Sem saber o que era uma bateria, fui aprender em 3 meses pra que serviria cada tambor, mas que sem grana seriam substituídos por uma geladeira de isopor como bumbo, pratos de alumínios roubados de casa, ventilador de pedestal, caixa de bolacha e tudo sobre uma estrutura de uma bateria de treino com um pedal de bumbo velho sem óleo. Mas alguns sons do Guns, Aerosmith, Oasis, Green Day, Nirvana, Smash e um pouco de babaquice produzida de cada mente criativa presente saia... uma banda foi formada seguida de quase 10, diversos estilos, resumidamente muitos amigos e muita diversão. Graças a tanto contato com banda, diversos estilos de som, timbres, batidas, atitudes e diferenciadas visões de compromisso, negócio, serviço, missão, musicalidade e sentimento tive a oportunidade de desenvolver um senso crítico e psicológico e assim desenvolver melhor cada composição através do violão em meio a um amadurecimento pessoal e profissional cada letra vem de um tipo de hemisfério com a ajuda de dimensões distintas porém unidas pelo mesmo propósito e posso dizer que hoje não tenho medo nem vergonha de traduzir em letras cada verso jogado ou trazido do espaço.

Vou apresentar diversos tipos de letras, todas com uma época diferente porém não seguirei nenhuma ordem cronológica para isto.

Guzta deu a letra, em algum dia, algum tempo, alguma hora em que estava pronto pra escrever e sentir que a vida é o que temos de mais valor, pois ela possui ciclos de transformação e nos traz o prazer de agradecer por cada amanhecer.

Um comentário:

Cesar Higashijima disse...

O início... a base dos fundamentos principais, a sua raíz, sua verdadeira essência bruta.
Foi um belo começo! Sinto-me feliz por ter participado do que talvez pudesse ser chamado de sua 3ª fase musical, em sua transição do lado "protegido" da banda para o lado mais exposto, o "frontman"...
Que as fases continuem surgindo e evoluindo, cada uma construindo uma história, novos sonhos, ideais, exprimindo suas idéias, seus sentimentos, suas palavras.

Abração do seu brother de ontem, hoje e sempre!
Tchezar