quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tudo a se fazer



Esse som eu fiz depois de uma noite que o Biel dormiu em casa após tocarmos em algum pico de sampa, dia 31.01.2010 exatamente... quando acordei fui chamá-lo pra comer alguma coisa e já estava acordado escrevendo... ao receber a letra perguntei se poderia mexer em algumas coisas e musicalizar... Ai está:  


VEJA NO YOUTUBE  "Tudo a se fazer" 
(Biel Cruz/Guzta Sáfer)





Tudo a se fazer e eu não fazia
e a voz que me dizia
que por mim tudo bem, tanto faz

tudo a se fazer e eu não fazia
e a voz que me dizia
que é melhor ficar parado do que andar pra trás

afinal, pra tudo tem um jeito
mesmo que esse jeito lhe tome tempo
afina pra tudo tem um nada
que se perder a hora já se acaba

O mundo virou do avesso
o que se ganha se esquece
o mundo virou do avesso
a cada hora é como uma prece



@guztasafer

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Paz em seu caminhar...




Escrevi essa prece esses dias, resume esse caminho que sigo...

Paz em cada passo que passar
paz ao seu redor, paz... em seu caminhar.

Transborde tranquilidade mental
fortificará cada passo sem falsificar
Calcificará sua vontade pra realizar
tudo que tem direito e veio buscar
A sua fé move o que quiser
mesmo quando tudo parecer em vão
o sol mais uma vez nasceu e nascerá
trazendo a sua força pra iluminar

Paz em cada passo que passar
paz ao seu redor, paz... em seu caminhar.

Seja o que seu coração desejar
purifique-se em cada amanhecer
com a sua própria benção de existir
por se responsabilizar em ser você.
agradeça a si próprio por se movimentar
seja em pensamento ou no materializar
sua hora chegou, o que foi o ontem senão o agora?

Do início...



Desde os meus 11 anos comecei a escrever poemas e poesias pensando em amores secretos, namoradinhas do colégio, injustiça e fome na África. Eu, meu brother Rafael Melo e Guto Rocha montamos uma primeira banda, Mulekes Dementes, sinônimo de diversão e musicalidade tirada de lugar nenhum. Apresentadores de rádio caseira,  trotes de sexta a noite, um tecladinho da Casio pra principiantes e um gravador de fita grande que revezava com aqueles mini gravadorzinhos de detetive.

Emoção lembrar de uma escola totalmente ligada ao feeling de querer ser feliz e representar uma possível brincadeira através da arte de criar.

Poesias, parôdias, poemas, entrevistas, brincadeiras de advinhação, erro ou acerto, premiação de CD usado e ainda aviãozinho com bombinha de 10 jogado pela janela no quintal do prédio vizinho resumiram bem a zuera noturna depois do contra com os mulekes da rua de cima no campinho que tinha um portão trancado mas mesmo assim era invadido pra rolar o jogo.

Bom, todo o tempo foi se passando, o violão entrou na vida do Rafael pra tocar de Roberto Carlos a qualquer sucesso do Ramones ou algumas paródias com sons conhecidos tirados até de harmonias roubadas de alguma música intitulada uma das 07 melhores da Joven Pan... enfim... um bando de muleke vagabundo que se divertida tomando uma CherryCoke achando que estava aloprando como se tivesse um belo vinho em mãos.

Sem saber o que era uma bateria, fui aprender em 3 meses pra que serviria cada tambor, mas que sem grana seriam substituídos por uma geladeira de isopor como bumbo, pratos de alumínios roubados de casa, ventilador de pedestal, caixa de bolacha e tudo sobre uma estrutura de uma bateria de treino com um pedal de bumbo velho sem óleo. Mas alguns sons do Guns, Aerosmith, Oasis, Green Day, Nirvana, Smash e um pouco de babaquice produzida de cada mente criativa presente saia... uma banda foi formada seguida de quase 10, diversos estilos, resumidamente muitos amigos e muita diversão. Graças a tanto contato com banda, diversos estilos de som, timbres, batidas, atitudes e diferenciadas visões de compromisso, negócio, serviço, missão, musicalidade e sentimento tive a oportunidade de desenvolver um senso crítico e psicológico e assim desenvolver melhor cada composição através do violão em meio a um amadurecimento pessoal e profissional cada letra vem de um tipo de hemisfério com a ajuda de dimensões distintas porém unidas pelo mesmo propósito e posso dizer que hoje não tenho medo nem vergonha de traduzir em letras cada verso jogado ou trazido do espaço.

Vou apresentar diversos tipos de letras, todas com uma época diferente porém não seguirei nenhuma ordem cronológica para isto.

Guzta deu a letra, em algum dia, algum tempo, alguma hora em que estava pronto pra escrever e sentir que a vida é o que temos de mais valor, pois ela possui ciclos de transformação e nos traz o prazer de agradecer por cada amanhecer.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Uma nova humanidade ou suicídio global

O mundo todo está nas garras de uma insanidade longamente adiada. Estivemos adiando e adiando e, agora, o último grau, o grau de evaporação, chegou.

Há agora somente duas possibilidades: uma é que a humanidade venha a cometer um suicídio coletivo, porque esta insanidade não mais pode ser acumulada. As religiões contribuíram, os moralistas contribuíram, os professores contribuíram, os assim chamados grandes homens contribuíram para tornar o homem cada vez mais e mais insano. E agora chegou o ponto final, onde podemos cometer um suicídio coletivo através das bombas atômicas ou das bombas de hidrogênio ou de qualquer outra coisa.

O homem como é não pode ser tolerado sobre a terra agora. Tornou-se intolerável. E junto com ele, ele está matando toda a terra. Não apenas ele é um suicida; ele se tornou assassino. Ele está matando tudo. O homem está matando tudo sobre a terra. Não há nada vivo que ele goste agora: somente coisas mortas o atraem. E quanto mais mortas, melhor, porque, então, pode-se possuí-las, manipulá-las.

Assim, ele está matando a natureza e tudo sobre a terra. Ele não pode ser tolerado, e sua própria insanidade interior está levando-o ao ponto de evaporação. Devido a isso, a hora está chegando cada vez mais e mais perto. E no mundo todo, aqueles que pensam e aqueles que sentem e aqueles que sabem, estão em busca de métodos, arquitetando métodos, para ajudar a humanidade a transcender a loucura. Esse é o único modo.

Ou o homem cometerá suicídio, ou o homem dará um salto para reinos mais elevados do ser. Se essa transformação não vier, então, nada pode ser feito: o homem cometerá suicídio. Eis por que por todo o mundo as energias espirituais estão se juntando, as forças espirituais estão se reunindo, muitos grupos esotéricos estão trabalhando. E às vezes pode não ser tão óbvio, mas lá no fundo, no próprio centro da mente humana... As línguas diferem, os caminhos diferem, as abordagens diferem, mas em todo lugar há um tatear em busca de algo que possa tornar-se uma alquimia para mudar a humanidade.

Osho, Meditation, The Art of Ecstasy, # 3

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Divertimento e Silêncio



Querido Osho,
No Ocidente, a celebração está associada à idéia americana de divertimento que é sinônima de barulho, música alta, ir ao cinema, fumar, fazer sexo e liberação de energia, enquanto que silêncio e serenidade estão automaticamente associados a tédio e excessiva acumulação de energia, o que resulta em tensão e ansiedade. Você poderia dizer algo a respeito de silêncio, celebração e vida?

Chidananda, a questão que você levantou tem muitas implicações. Não é uma simples questão; ela compreende muitas questões importantes. Eu gostaria de entrar em cada dimensão da questão e somente então você será capaz de encontrar a resposta.

A primeira coisa para se lembrar é que o homem compreende dois mundos, um que o leva para fora e o outro que o leva para dentro. O homem é uma dualidade: ele é um corpo e é uma alma. E por causa desta tremenda dualidade, surgem todos os problemas do mundo. A dualidade não é apenas uma. Ela é aquilo que chamamos de “dualidade gestalt”. Numa dualidade gestalt você nunca vê ambos os mundos juntos. Se você escolhe ver um, o outro fica esquecido. Como exemplo, eu tenho falado a respeito de um pequeno livro de crianças onde existe um desenho feito com linhas simples, mas nessas linhas existem duas possibilidades: se você fixar seus olhos no desenho, você pode ver ou uma velha mulher ou uma bela garota. Você consegue ver cada uma separadamente. Se você olhar fixamente para a velha mulher, de repente você perceberá uma estranha mudança: a velha mulher desaparecerá e uma bela garota estará diante de você.
Se você persistisse em olhar fixamente... mas em geral os olhos não olham fixamente, eles se movem continuamente. O movimento é intrínseco aos seus olhos. Eles ficam cansados de olhar fixamente para uma coisa. Eles estão sempre em busca de algo novo. Por causa disso, você logo percebe a bela garota desaparecendo e a velha mulher voltando novamente ao seu lugar. Ambas são feitas com as mesmas linhas, apenas as combinações são diferentes, mas você não consegue ver ambas ao mesmo tempo. Isto é impossível. Porque se você ver a garota, onde estarão as linhas que fazem a velha mulher? E se você ver a velha mulher, você não terá linhas extras para criar a garota. Você consegue ver cada uma separadamente, mas não consegue vê-las juntas. Isto é dualidade gestalt, e esta é a realidade do homem.
O Oriente tem visto o homem somente como uma alma, como uma consciência, como um ser introvertido. Mas porque foi escolhida uma gestalt, a outra foi negada. É por isto que no Oriente, por séculos, os místicos têm negado consistentemente a realidade do mundo. Eles dizem que ela é apenas um sonho, que é maya, uma ilusão. Que esta realidade do mundo é feita da mesma matéria que os sonhos são feitos. Aquilo não está verdadeiramente ali, é apenas uma miragem, uma aparência. O Oriente tem negado o lado externo – e tem que negar devido à necessidade interna da dualidade gestalt.

O Ocidente escolheu o mundo externo e tem que negar o mundo interno. O homem é visto apenas como um corpo. Psicologia, biologia e quimica, mas não uma consciência, não uma alma. A alma é apenas um epifenômeno. E porque somente o lado externo é considerado como sendo verdadeiro, foi possível desenvolver a ciência no Ocidente. Tecnologia, milhares de aparelhos, possibilidades de pousar na lua e no vasto universo que circunda você. Mas mesmo conhecendo tudo isto, tem havido um profundo vazio na mente ocidental: algo está faltando.

É difícil para a lógica ocidental localizar com precisão o que está faltando, mas é absolutamente certo que algo está faltando. A casa está cheia de convidados, mas está faltando o anfitrião. Você tem todas as coisas do mundo, mas você não está ali. O resultado é uma tremenda miséria. Você tem todos os prazeres, todo o dinheiro, tudo o que o homem jamais sonhou, e ao final de séculos de esforços, de repente descobre que você não existe. O seu interior está oco, não há ninguém.

O Oriente também tem enfrentado sua própria miséria. Ao pensar que o mundo externo não é verdadeiro, não há qualquer possibilidade de progresso científico. A ciência tem que ser objetiva, mas se os objetos são apenas aparências, ilusões, qual o sentido em dissecar ilusões para tentar descobrir os segredos da natureza? Conseqüentemente o Oriente permaneceu pobre, faminto e submetido a todo tipo de escravidão por séculos.

Estes dois mil anos de escravidão não foram por acaso. O Oriente estava preparado para isto. Ele aceitou isto. O que interessa num sonho, se você é o senhor ou o escravo? O que interessa, se no sonho você está sendo servido com um alimento delicioso ou se você está com fome? No momento em que você acorda, ambos os sonhos se revelarão inválidos. O Oriente consentiu em permanecer morrendo de fome, em ser escravizado, e a razão é que ele escolheu uma gestalt diferente: o verdadeiro é o interior.

O Oriente aprendeu como estar silencioso e em paz, para curtir a felicidade que surge quando você mergulha fundo em sua interioridade. Mas você não consegue compartilhar isto com outra pessoa; isto é absolutamente individual. No máximo, você consegue falar a respeito. Assim, por milhares de anos, o Oriente tem falado a respeito de espiritualidade, consciência, iluminação, meditação e externamente tem permanecido um mendigo, doente, faminto e escravizado. Quem vai querer ouvir esses escravos e suas grandes filosofias? O Ocidente simplesmente tem rido disso. Mas o riso não tem sido só de um lado. O Oriente também tem rido ao ver que as pessoas estão acumulando coisas e perdendo a si mesmas.

Por milhares de anos nós temos vivido num estado de mente muito estranho e esquizofrênico.
Chidananda, você disse, ‘No Ocidente, celebração está associada com a idéia americana de divertimento.’ Isto traz uma outra implicação. Somente um homem miserável necessita de divertimento. Assim como um homem doente precisa de medicamento, um miserável necessita de divertimento. Isto é apenas uma estratégia muito engenhosa para evitar a sua miséria.


A miséria não é evitada; você somente se esquece por um tempo que é miserável. Sob a influência de drogas, do sexo ou sob a influência do que você chama de divertimento, o que na verdade você está fazendo? Você está escapando de seu vazio interior. Você está se envolvendo em todo tipo de coisas. Uma coisa da qual você sente medo é do seu próprio ser.

Isto tem criado uma certa loucura, mas porque no Ocidente todo mundo está no mesmo barco, isto se torna muito difícil de ser reconhecido. Milhões de pessoas estão assistindo futebol americano, e você chama essas pessoas de inteligentes? Então, quem você vai chamar de retardado? E não é que essas pessoas estejam apenas envolvidas em jogos como o futebol americano, elas estão pulando, estão gritando, estão brigando. E porque não existem estádios suficientemente grandes para acomodar todo o país, todo mundo está sentado grudado em sua cadeira diante da televisão. E elas estão fazendo as mesmas coisas estúpidas: sentadas em suas cadeiras, gritando...

Eu conheço um homem que, porque seu time estava perdendo, ficou tão enlouquecido que quebrou sua televisão. Eu estava com este homem e lhe disse, ‘Você está preparado para ser internado num asilo de loucos? Em primeiro lugar, futebol americano deveria ser para crianças. Você já passou dessa idade, mas mentalmente você não tem mais que doze ou treze anos. E o que você fez com sua televisão me leva a suspeitar que você não é apenas retardado, mas louco também.’ (...)

As pessoas têm se tornado tão voltadas para fora que não conseguem, nem mesmo por um simples momento, sentar em silêncio. Esta é a coisa mais difícil no mundo. As pessoas não param quietas. Qual é o medo? O medo é que você pode encontrar o seu vazio e uma vez que ele seja encontrado, a sua vida perde todo o interesse, todo o sabor, todo o sentido e significado.

Todo mundo está fugindo de si mesmo. E chamam de divertimento a essa fuga de si mesmo.
A vida do homem ocidental pode ser dividida em duas partes: a primeira é se divertindo e a segunda é tendo ressaca. Com o tempo, a ressaca se torna mais prolongada que o divertimento. E ele segue, num círculo vicioso, entre essas duas partes, desperdiçando sua vida e não chegando a lugar algum.

Não se pode dizer que chegar ao cemitério significa chegar a algum lugar. Isto simplesmente significa que agora a roda está tão cansada e tão entediada com os divertimentos e com as ressacas sofridas que ela quer descansar dentro de uma sepultura.

As pessoas descansam apenas em suas sepulturas. Fora da sepultura, não há tempo para descansar.

No Oriente, nós escolhemos a gestalt oposta. Nós descobrimos tesouros, mistérios e segredos, mas a dificuldade com o interior é que você não consegue materializá-lo. Você não consegue prova-lo no tribunal, você não consegue nem mesmo ter uma testemunha. A não ser você, ninguém, mais é permitido entrar em seu mundo interior. Naturalmente, o Oriente pouco a pouco criou indivíduos isolados. Esses indivíduos isolados foram constantemente molestados pela multidão, pelo mundo dos negócios. Eles queriam o silêncio interior, sua calma, sua serenidade sem perturbação. A conclusão foi: renuncie ao mundo, mude para o Himalaia ou para o meio da floresta onde você pode ser totalmente você mesmo.

Mas ambas as alternativas estão escolhendo metade do homem. E no momento em que escolhe metade do homem, você cai na mesma miséria. As misérias podem ser diferentes, mas é absolutamente garantido que se trata de miséria. O Oriente é miserável, devido aos seus Goutamas Budas, seus Mahaviras, Bodhidharmas, Kabirs. Ele está na miséria devido aos seus grandes exploradores do mundo interior. E o Ocidente está miserável devido a Galileu, Copérnico, Colombo, Albert Einstein, Bertrand Russell. Estas são as grandes pessoas do Oriente e do Ocidente e todas estas grandes pessoas escolheram o homem em sua metade. E esta tem sido a miséria do homem até agora.

Eu lhes ensino o homem total. A dimensão interna é tão verdadeira quanto a dimensão externa. E a externa é tão significante quanto a espiritual. Você tem que alcançar um certo equilíbrio, no qual nem o interior nem o exterior predominem, mas ambos sejam igualmente complementares, um ao outro. Isto não aconteceu até agora. Mas, a não ser que isto aconteça, não há possibilidade alguma para qualquer humanidade existir no mundo.

O Ocidente está morrendo devido ao seu próprio sucesso. O Oriente já morreu devido ao seu sucesso. É uma história muito estranha, essa que as pessoas morrem devido às suas vitórias. Escolher a metade é perigoso. Mas escolher o todo necessita coragem, insight e uma imensa compreensão. E uma mobilidade... Ir para fora e para dentro de seu ser deve ser tão simples como entrar e sair de sua casa.

Sempre que for preciso você estar no mercado, você deve estar lá com sua totalidade. O mercado não pode destruir a sua alma. Todo aquele que prega a renúncia ao mundo, está contra a humanidade. O fato de ir para dentro de si e estar num silêncio meditativo não tira coisa alguma do mundo externo. Você não tem que condenar o mundo externo, nem tem que declará-lo ilusório. Isso deveria ter sido tão simples de se ver que eu fico admirado porque milhares de anos se passaram e isto ainda não é um fato reconhecido em todo o mundo. (...)

Estas duas ideologias idiotas têm destruído toda a humanidade, a sua paz, o seu amor, a sua grandeza e a sua dignidade. Isto tem que ser restaurado. Eu nego Adi Shankara e também nego Karl Marx, ao mesmo tempo. Eu sou contra o ateísta e contra o teista, porque ambos estão tentando dividir a realidade, a qual é indivisível. O exterior não consegue existir sem o interior. Nem o interior existe sem o exterior. Eles são os dois lados de uma mesma moeda.

Mas, acredite ou não, não existe uma simples declaração em toda a história do homem afirmando que ele é um, que o seu exterior e interior não são contraditórios, mas complementares, que cada um deles não pode existir em separado e que eles devem ser usados juntos. Somente então o homem consegue crescer à sua verdadeira altura e desabrochar em seu florescimento máximo.

Chidananda, você está perguntando, ‘...associada com a idéia americana de divertimento, que é sinônima de barulho, música alta, ir ao cinema, fumar, fazer sexo e liberação de energia.’ Isto é apenas o lado de uma metade, o das pessoas que escolheram ser extrovertidas e se esqueceram de seu próprio centro interior. Mas elas estão ficando cheias disto. Agora os maiores filósofos do Ocidente, como Sorem Kierkegaard, Martin Heidegger, Karls Jasper, Marcel, Jean Paul Sartre, todos estão em absoluto acordo de que a vida é sem sentido, que ela nada mais é que tédio. E a única conclusão de todas essas filosofias é simples: a não ser o suicídio, não há outro caminho. Mas existem surpresas e surpresas: de todos esses grandes filósofos que eu citei, nenhum cometeu suicídio.

Todos estes cinco grandes filósofos do Ocidente – e eles são os mais destacados – não estão interessados em cometer suicídio, eles estão apenas interessados em escrever a respeito de náusea, falta de sentido e angústia. Todos eles chegaram à conclusão que o suicídio parece ser a única saída, mas nenhum abandonou o seu caminho. (...)

Devido ao seu sucesso, o Ocidente alcançou seu maior fracasso. E este fracasso é muito perigoso porque eles têm sob seu controle enorme poder destrutivo, bombas nucleares. (...) Os políticos estão preparados para destruir este planeta setenta vezes. Este é o sucesso da abordagem ocidental de tomar a dimensão externa do homem como sendo toda a realidade. E nada melhor aconteceu com o Oriente. Quase cinqüenta por cento da população do Oriente está faminta, morrendo, subnutrida. E ao final do século XX a previsão é de que pelo menos quinhentos milhões de pessoas morram, somente na Índia, sem contar as que morrerão na China, em Taiwan, na Coréia, no Japão. Este planeta terra não consegue suportar essa imensa humanidade que continua crescendo, a não ser que nós comecemos também a ser científicos e tecnológicos.
A ciência é capaz, mesmo agora, de dar suporte a uma humanidade sete vezes maior que a atual. Hoje existem cinco bilhões de pessoas no mundo. A ciência tem a capacidade de propiciar agora que sete vezes mais pessoas vivam confortavelmente. Mas a ciência não consegue fazer isto por conta própria. Ela precisa de mentes científicas, de pessoas que sejam tecnologicamente especialistas.

O meu entendimento a respeito do Oriente é que mesmo aquelas pessoas que foram para o Ocidente serem bem educadas em ciência e tecnologia, continuam internamente com suas velhas estupidezes. Eu tenho visto Doutores adorando um deus macaco. Eu não posso acreditar no que vejo. Às vezes eu penso que teria sido melhor ser cego. Essas pessoas que estão adorando deuses macacos, deuses elefantes – elas não têm mentes científicas. Elas podem ter tido uma educação científica, mas isto é uma coisa totalmente diferente.

Ter conhecimento a respeito de ciência é uma coisa e ser criativo a respeito de ciência é outra coisa. Ter conhecimento a respeito de meditação é uma coisa e meditar é algo totalmente diferente. O Ocidente precisa de uma mente mais meditativa e o Oriente precisa de uma mente mais científica. Então nós seremos capazes de criar uma humanidade que possa viver, sem pobreza e sem fome, uma vida mais saudável e mais prolongada, da qual não temos nem idéia.
Há cálculos científicos de que este corpo que temos é capaz de viver pelo menos trezentos anos – com alimentação correta, cuidados médicos corretos, ambiente ecológico correto, as pessoas podem viver trezentos anos. Eu nem consigo conceber que tesouros seriam revelados se um Goutama Buda conseguisse viver trezentos anos, se Albert Einstein pudesse ter vivido trezentos anos, ou Bertrand Russell.

Até agora, a maneira como temos vivido é um puro desperdício. Pessoas que são treinadas, educadas, cultas, tornam-se velhas e morrem com a idade de setenta anos. E novos visitantes, absolutamente bárbaros, sem educação continuam saindo dos úteros. Temos que forçar as pessoas a se aposentarem, e estas são as pessoas que sabem as coisas. E temos que empregar pessoas que nada sabem.

A vida das pessoas poderia se tornar mais prolongada e o controle da natalidade ser mais estrito. Uma criança deveria nascer somente quando nós estivéssemos prontos para permitir que um Bertrand Russell deixasse o mundo – apenas uma substituição, e a não ser que possamos encontrar uma substituição melhor, nós não iríamos deixar que o Bertrand Russel deixasse o mundo. E existe toda possibilidade de encontrarmos uma substituição, porque nós podemos ler todo o programa genético, todas as possibilidades pelas quais a pessoa irá passar – se ela será um pintor da qualidade de um Picasso ou se será um poeta genial como Rabindranath Tagore; quanto tempo ela irá viver, se será saudável ou doente. E não apenas podemos ler o programa futuro dos genes, mas podemos mudar esse programa também. Podemos fazer com que uma pessoa doente, desde o início seja mais saudável, e que os idiotas possam ser evitados, assim como os retardados.

A existência dá tudo com tanta abundância que se você não escolher, as coisas vão se tornar um caos. Um simples ser humano, um macho, se não for corrompido pelas religiões, terá pelo menos quatro mil vezes a oportunidade de gerar uma criança. E a cada vez ele libera um milhão de espermas. Isso quer dizer que cada macho humano pode criar toda uma Índia. Tal abundância simplesmente quer dizer que você tem que ser muito criterioso na escolha. Naturalmente nesta multidão você não pode encontrar muitos Rabindranath. O próprio Rabindranath foi o décimo terceiro filho de seus pais. Antes dele, seus pais geraram doze crianças sem qualquer genialidade. Elas poderiam ter sido evitadas. Rabindranath poderia ter sido o primeiro filho. E quem sabe quantos outros Rabindranath não estão preparando seus caminhos para entrar no mundo? Nós precisamos de uma abordagem muito científica a respeito do lado exterior e uma abordagem muito meditativa para o lado interior.

Chidananda, você está dizendo, ‘...enquanto que silêncio e serenidade estão automaticamente associados a tédio e excessiva acumulação de energia, a qual resulta em tensão e ansiedade.’ Se as coisas permanecerem do jeito que estão, isto é verdade. Se você não usar a sua energia... Com sua alimentação, com sua respiração constante, bebendo água, você está gerando energia. Ela tem que ser usada, senão ela se transforma em tensão, e por fim acabará se tornando ansiedade. Mas se a minha idéia for entendida... Eu estou dizendo que você é metade o lado externo e metade o lado interno.

Use a sua energia no mundo externo em atividades criativas, não em futebol americano. Existe tanto para ser criado, tanto para ser descoberto, um vasto universo está aí na sua frente como um desafio para ser explorado. Use a sua energia para tornar o mundo mais belo, mais poético, mais saudável.

E quando você sentir que está cansado, exaurido, vá para o lado interior. Descanse. E o seu descanso se tornará a sua meditação, porque meditação não precisa de nenhum gasto de energia. Ao contrário, ela conserva, ela preserva, ela faz de você uma concentração de grande energia. Quando você sente que a sua serenidade, seu silêncio e sua alegria interior quer dançar externamente, então dance, então cante, então crie. E se a sua criatividade vier do silêncio de seu coração, ela terá uma qualidade e um sabor diferente.

É apenas uma questão de um pouco de inteligência e equilíbrio. Dentro está a fonte de suas energias e fora está o mundo para permitir que a energia crie – seja um criador.
Mas você não consegue ser um criador a não ser que seja um meditador.

O meu sannyas tem uma nova definição; não é a definição do velho. Na velha definição, o sannyas significa renunciar ao mundo. O meu sannyas significa alegrar-se no mundo. Mas antes que possa se alegrar, você deve acumular energia de tal modo que comece a transbordar amor, sentividade, criatividade, poesia, canção, dança...

E certamente essas coisas terão a qualidade da compaixão. Elas não poderão ser violentas. Eu não consigo conceber um meditador jogando futebol americano. Eu não consigo conceber um Goutama Buda numa luta de Boxe. Mas um Goutama Buda pode criar um lindo jardim de rosas. Um Goutama Buda pode pintar. E as suas pinturas serão muito superiores às de Picasso, porque ele era quase louco. Se você olhar para as pinturas de Picasso irá perceber um tipo de doença atirada para fora. Mantenha um Picasso pintando em seu quarto de dormir e você terá pesadelos, porque aquelas pinturas vieram dos pesadelos de Picasso, pesadelos com ar condicionado.

Existiram meditadores que criaram. Você pode ver o Taj Mahal que foi criado por místicos Sufis. Observe-o numa noite de lua cheia, de repente você entrará num profundo silêncio que nunca conheceu dentro de si mesmo. Se você puder sentar silenciosamente ao lado, a beleza do Taj Mahal começará a mudar alguma coisa dentro de você. O Taj Mahal não estará mais apenas ali, do lado de fora; ele começará a se tornar parte de seu próprio ser. (...)

Existem templos na China, no Japão, na Índia criados por meditadores. Apenas por estar sentado ali você perceberá que o que era tão difícil para você, parar o seu pensamento, acontecerá por si mesmo. Toda a atmosfera do templo, a fragrância, o incenso, as estátuas...

Tudo está criando um certo espaço dentro de você.

Uma vez que a humanidade aprenda ambas as coisas juntas – o estado meditativo e a abordagem científica do mundo – nós teremos entrado numa nova fase, totalmente descontínua do passado feio, doente e louco.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

URGENTE! ADOÇÃO CANINA




URGENTE! ADOÇÃO CANINA

Esse cachorro da foto é o Nicola. Ele foi pego das ruas por uma aluna de veterinária que jogou ele na casa de uma "protetora" maluca. O cachorro aparentemento não tinha nada, e sim como é comum escabiose. Então ele foi colocado dentro de um apartamento, imaginem um cão super ativo, do tamanho de um Boder Collie, preso dentro de uma apartamento, sem condições de higiene, no meio de outros 20 e poucos animais, sem passear, sem ver o sol, sem uma alimentação adequada e tudo mais..! Até aí tudo certo, mesmo nessas péssimas condições, ele tinha um lar! Essa menina que tirou ele da rua, simplesmente jogou dentro do apartamento da "protetora" e não se responsabilizou por nada, nem ração, nem vacina, nem vermífugo, nem tentar ajudar doar.

Faz mais de 1 mês que essa pseudo-protetora sumiu do mapa, levou seus 20 gatos pra abrigos, levou uma cachorra pequena com ela, e deu uma outra pra um amigo. Sobraram os dois cães grandes, o Valente que foi doado para minha amiga Debee, que está felizão em uma casa, e o nosso querido Nicola, que está em um Hotelzinho, sendo tratado da sarna, e engordando pq ele estava pele e osso, e pêlo (bem feio por sinal, não tão bonito quanto da foto que já é antiga). Os custos com hotelzinho são complicados, já que eu tenho outros animais, e a Carol tb. Inicialmente ele ficará 1 mês lá, sendo que tivemos um desconto imenso da hospedagem. Mas são 70 reais por semana de hospedagem, fora a ração e os banhos. Infelizmente não fiquei milionária ainda pra cuidar de todos os animais, enfim... mas a gente faz o que pode!!!

A dona do hotel, diz que o Nicola chora o tempo todo, pois não suportar estar preso, por isso eu peço que repassem esse e-mail se não tiverem espaço pra adota-lo e nem condições! Quero arrumar um bom lar pra ele, mas só entragarei castrado e curado 100% da sarna, ele é um cachorro que adora correr, brincar, por isso precisa morar em uma casa, sitio ou fazenda. Ele não se dá muito bem com outros machos, mas não sei se isso está relacionado com o fato dele sempre ter de brigar por comida, viver em condições estressantes, e pelo fato de não estar castrado ainda...!! Se dá muito bem com fêmeas. Nem preciso dizer sobre a beleza desse cachorro, é só olhar as fotos! Qualquer ajudar é bem vinda, em relação aos custos dele, e principalmente em relação a adoção, que pra mim é o mais importante...!!!

Me ajudem a encontrar um lar digno pro Nicola, ele merece ...!!!!

Mais informãções: aninhasaf@hotmail.com ou guztasafer@gmail.com
Tamo junto em busca da paz pra todos!!!
Abraços!
NAMASTÊ

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Da Origem ao Fim do Câncer".

Por Tchezar




Hoje estou aqui para falar de um assunto sério abordado no documentário produzido por Daniel Kovacsik, "Da Origem Ao Fim do Câncer" , onde ele conta um pouco da história de seu bisavô, Estevan Kovacsik, um cientista autodidata que há mais de meio século, através da radioestesia, descobriu a origem e como surgia o câncer nas pessoas.

Estevan Kovacsik dedicou toda sua vida as pesquisas e além de entender o processo do surgimento da doença, descobriu uma maneira de isolar o problema, prevenindo e também curando o câncer das pessoas.Lutou durante anos para conseguir o reconhecimento científico do seu batizado de Método Kovacsik, na intenção de ajudar as pessoas de todo o mundo a lutar contra um problema que vem crescendo a cada ano, sempre com muita dignidade, sem cobrar 1 centavo de ninguém. Sua família agora continua essa batalha para divulgar esse trabalho lutando contra a censura e contra a indústria que parece conspirar contra este método que pode mudar a vida de muita gente.Nesse momento você deve estar pensando:

"Que isso! Isso é loucura! Impossível".


Realmente, parece algo impossível. Como um simples cidadão conseguiu descobrir algo que cientistas do mundo todo nunca conseguiram?Pois podem acreditar. A cura do câncer já existe, aqui em São Paulo.


Para quem quiser conhecer um pouco mais, assista aqui o trailer oficial do documentário:

"Da Origem ao Fim do Câncer".

Confira o Trailler:

Mais detalhes:

Matéria retirada do Blog: